9 de junho de 2015

Eliziane diz que CPI precisa avançar para acareações e quebra de sigilos



Por: Assessoria de Imprensa do PPS

Brasília - Foi mais uma sessão improdutiva da CPI da Petrobras que tentou, sem sucesso, tomar, nesta terça-feira (9), o depoimento do lobista Júlio Faerman, que é investigado por suposto pagamento de propina em nome da SBM Offshore para conseguir contratos da Petrobras. A avaliação é da deputada Eliziane Gama (PPS-MA), para quem o colegiado precisa mudar a estratégia de atuação sob o risco de produzir muito pouco em termos de investigação.


“Precisamos avançar para aprovar e realizar as acareações. Também é necessário quebrar sigilos bancário, fiscal e telefônico de figuras conhecidas no meio político como os senhores Palocci, Dirceu e do próprio Lula. A mudança de foco é primordial para o alcance das metas deste colegiado que, nas últimas três semanas, pouco avançou nas apurações”, defendeu a parlamentar do PPS.

Entre os requerimentos apresentados por Eliziane Gama estão os que pedem o compartilhamento dos sigilos fiscal, bancário e telefônico da JD Consultoria, de propriedade de Dirceu. Ela também requereu os mesmos dados da pessoa física e jurídica de Antônio Palocci. O petista é proprietário da Projeto Consultoria. Ambas as empresas são investigadas no âmbito da Operação Lava Jato.

Para Eliziane, já o ex-presidente da República deve explicações ao Congresso Nacional, entre outros detalhes, sobre o seu encontro com o ex-diretor de Abastecimento Paulo Roberto Costa, em 2006, com o objetivo de tratar da Refinaria de Pasadena, no Texas (EUA), dias antes de a controversa compra da planta de refino ser autorizada. A aquisição da refinaria americana causou prejuízo de US$ 792 milhões aos cofres públicos. Esta informação foi divulgada no último fim-de-semana pelo jornal O Estado de S.Paulo.

“As denúncias exigem pronto esclarecimento por parte de quem esteve no comando do país, quando a corrupção na Petrobras atingiu seu ápice”, acrescentou a deputada maranhense.

Acareações

Entre as acareações defendidas estão a que coloca frente a frente o ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, o ex-gerente da Área de Serviços da Petrobras, Pedro Barusco, e o ex-diretor de Engenharia e Serviços da estatal, Renato Duque. Todos três já estiveram na CPI, porém em oitivas separadas e com versões controversas em alguns pontos.

BNC Política

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